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Gil Baiano: o jogador do Bragantino que virou símbolo de uma era dourada
Luís
Antes da era Red Bull, o Bragantino viveu uma fase mágica nos anos 90 — e Gil Baiano, jogador do Bragantino, foi um dos grandes nomes dessa história.
Com garra, técnica e personalidade, ele virou símbolo de uma geração.

Siga o BRG365 e relembre a trajetória do lateral que virou ídolo em Bragança Paulista.
De troca polêmica ao ídolo
Tudo começou em 1988, numa negociação tão ousada quanto improvável. O Bragantino desejava o zagueiro Vitor Hugo e, em troca, enviou sete jogadores ao Guarani. Entre eles, um jovem lateral-direito de apenas 20 anos: Gil Baiano.
Na época, ninguém apostava que aquele jogador do Bragantino recém-chegado se transformaria em ícone do clube.
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Ao chegar a Bragança, encontrou um projeto ambicioso liderado pela família Chedid. O time começava a se estruturar para disputar o Paulistão e a Série B com seriedade e visão de longo prazo.
Gil, ao lado de talentos como Mauro Silva e Júnior, integrou a espinha dorsal de uma equipe que mudaria a história do futebol paulista.
Gil Baiano(BRG365)
Glórias com Luxemburgo
Comandado por Vanderlei Luxemburgo — que chegou discretamente, a ponto de alguns jogadores pensarem que era um novo companheiro de time —, o Bragantino virou uma máquina.
E Baiano era a engrenagem essencial: ofensivo, técnico, e dono de um chute potente que decidia partidas.
Em 1990, veio a consagração: o título paulista.
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Na famosa “Final Caipira” contra o Novorizontino, Gil Baiano marcou de fora da área no jogo de ida, garantindo o empate por 1x1 e dando moral ao time. Na volta, o Bragantino venceu e levantou a taça.
Esse foi o auge de um jogador do Bragantino que dominava a lateral-direita com imposição e precisão.
No ano seguinte, o clube chegou à final do Brasileirão, perdendo apenas para o São Paulo de Telê Santana. Mais uma vez, Gil brilhou com assistências, marcação e bolas paradas decisivas.
Gil Baiano(BRG365)
Na mira da Seleção
O bom desempenho rendeu a Baiano sete convocações para a Seleção entre 1990 e 1991.
Mas ser jogador do Bragantino num cenário dominado por clubes maiores significava enfrentar uma concorrência brutal — Cafu e Jorginho eram os nomes da posição.
Carlos Alberto Parreira, que o treinou no Bragantino, resumiu a situação com clareza:
“Ele era ótimo na marcação, tinha técnica, mas a concorrência era enorme.”
Apesar disso, vestir a camisa amarela foi um marco na vida de Gil.
E tem mais: ele chegou a dividir o gramado com Pelé em um jogo comemorativo — algo que poucos jogadores do Bragantino podem dizer.
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A difícil passagem pelo Palmeiras
Em 1993, após cinco anos gloriosos, Baiano deixou o clube que o consagrou. No Palmeiras, venceu o Brasileirão de 1993 e o Paulistão de 1994, mas não encontrou o mesmo brilho.
A torcida alviverde nunca o abraçou totalmente. Em parte, por um trauma: em 1989, ainda como jogador do Bragantino, Gil marcou um gol de falta que eliminou o Palmeiras da Série B.
Luxemburgo, seu técnico nos dois clubes, foi direto:
“Ele era melhor que o Cláudio, mas a torcida não perdoava.”
Gil Baiano no Palmeiras(BRG365)
Volta para casa e legado
Gil Baiano voltou ao Bragantino em 1999 e novamente em 2002, encerrando sua trajetória onde virou lenda.
Hoje, mora em Bragança Paulista e trabalha como auxiliar técnico do clube, sendo reverenciado como um dos maiores jogadores do Bragantino.
Seu legado:
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🥇 2 Bolas de Prata (1990 e 1991);
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🏆 Campeão Paulista (1990);
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🥈 Vice-campeão Brasileiro (1991);
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🇧🇷 7 jogos pela Seleção Brasileira;
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🦾 E o título simbólico de “Líder da Linguiça Mecânica” — apelido dado ao time por seu estilo ofensivo, inspirado na Holanda de 1974.


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